domingo, 18 de novembro de 2012

Umbra Morta - Entrevista



Formado em 2010 por Dehumanizer, o grupo de Black Metal Umbra Morta vem desde então abordando temas como Morte e Misantropia através de hinos profanos, como pode ser comprovado com o lançamento de seu primeiro álbum, intitulado A Sombra da Morte. Conversei com Don The Blasphemer (b) e Dehumanizer (v, g, d), que contaram um pouco sobre a história da banda, as influencias, o processo de composição do disco e muito mais. Confiram:

1 - Para quem ainda não conhece o Umbra Morta, como vocês definem o grupo?
Umbra Morta: Black Metal Caótico e Negativista contra todas as ilusões e correntes que aprisionam a nossa verdadeira essência nesse mundo.

2 - A banda é formada por integrantes de Estados diferentes, no caso Bahia (Don The Blasphemer) e São Paulo (Dehumanizer). Essa distancia atrapalha vocês de alguma forma?
Dehumanizer: Pessoalmente é melhor compor, há mais trocas de ideias e inspirações, mas a distância não vem sendo um grande problema, a internet tem ótimas ferramentas para nos comunicarmos e trocarmos as gravações um com o outro.
Don: Acho que o único problema é a falta de interação como um todo. Acho que se tivéssemos a oportunidade de compor pessoalmente ia ser tudo bem mais fácil. Mas por outro lado foi bom assim, pois tivemos tempo para analisar tudo. (Aproximadamente 1 ano!)

3 - Em relação ao processo de composição, que método vocês usaram na hora de criar a obra A Sombra da Morte?
Dehumanizer: A produção do álbum foi toda feita em casa, com o auxílio de softwares. Como ainda não temos baterista usamos uma bateria programada por um software chamado Hydrogen, é um pouco trabalhoso fazer com que a bateria soe de um jeito mais “Real”, mas desde a produção da demo eu aprendi muitas coisas sobre softwares de produção musical. Esse foi um dos motivos de regravar a demo “Criador, Opressor”, na época que a fiz eu ainda não entendia muito bem sobre produção e eu não estava muito satisfeito com o resultado, em minha opinião ficou precária, apesar de que algumas pessoas preferem ela às regravações.

4 - Quais são as influências do Umbra Morta? Que discos consideram essências para as suas formações dentro do Black Metal?
Dehumanizer: Da minha parte, as maiores influências são bandas que normalmente escuto e que abordam uma temática próxima à que abordamos. Algumas famosas como Mayhem, Dissection, Nargaroth, Marduk e Arckanum, e outras mais atuais como Lutomysl, Arkha Sva e Alghazanth. Meu trabalho também é bem influenciado por bandas que produzem seus álbuns de um jeito parecido com o nosso (com uso softwares e bateria programada), como Ithdabquth Qliphoth, Fuck Off And Die e Woods of Infinity.
Don: As minhas influências vem do Dissection, Mayhem (old), Darkthrone, Watain, Khaos Aeon e várias outras bandas atuais e antigas.

5 - A arte gráfica ficou bem interessante e combina perfeitamente com a temática das letras. Quem foi o escolhido para trabalhar no designer do álbum?
Dehumanizer: A ideia da capa foi minha, mas o responsável por trazer ela à realidade foi o Henrique Aarstad da Spell Funereal, ele fez um ótimo trabalho, me surpreendeu, ficou bem melhor do que eu imaginava que ficaria. Ele também será o responsável pelo lançamento do álbum no formato de tape pelo selo Atra Noctem.

6 - O disco é permeado por temas relacionados à trevas, ódio e misantropia. De onde vem a inspiração de vocês na hora de compor as letras?
Dehumanizer: A inspiração é fortemente espiritual. Também tenho uma visão bem negativista do mundo e da vida e isso se reflete nas letras. Futuramente pretendo escrever mais letras em Português e mais voltadas para aspectos místicos.
Don: Comigo é algo totalmente espiritual. Baseado em experiências ou no que eu estou sentindo no momento. Posso compor com mais liberdade assim, porém, exige tempo.

7 - Devido a distância, o Umbra Morta é apenas um projeto virtual. Vocês pensam em se apresentar ao vivo no futuro?
Dehumanizer: Inicialmente eu não pensava em fazer shows, pois na época era apenas uma “One-Man-Band”, mas depois que o Don entrou na banda eu comecei a pensar em fazer. A distância é um grande problema é claro, fica difícil para ensaiar e também para marcar shows, além disso, é difícil encontrar pessoas realmente interessadas e que compartilham das mesmas ideias que as nossas para se juntar à banda. Espero encontrar um baterista para os futuros trabalhos, para substituir de vez a bateria programada e fazer shows.

8 - Sabemos que fazer música extrema no Brasil é complicado, e muitas vezes o excesso de problemas que aparecem no meio do caminho fazem as bandas terminarem logo após o lançamento do primeiro disco. Vocês tem planos para o mercado estrangeiro?
Dehumanizer: Metal extremo sempre foi “complicado”, seja no Brasil ou fora, o público é pequeno e os recursos são poucos. Mas a internet facilitou muito as coisas, a ponto de se conseguir produzir música com uma boa qualidade em casa, como fazemos, há muitas bandas fazendo ótimos trabalhos dessa maneira. Sobre o mercado estrangeiro, não pensei muito a respeito ainda, a quantidade de material será bem limitada, pois não espero que tenha um grande número de vendas, a maioria dos interessados são daqui do Brasil, mas há pessoas de fora interessadas em nosso trabalho, talvez futuramente faremos uma divulgação maior para fora do Brasil.

9 - Muito obrigado pelo tempo concedido, agradeço a atenção de vocês. Para terminar, uma última palavra aos nosso leitores?
Dehumanizer: Já estamos trabalhando em novos materiais para o futuro, acompanhem pelos sites oficiais as notícias sobre a banda.
Obrigado a todos que apoiam nosso trabalho e obrigado pelo espaço!
Hail Khaos!
Hail Satan!
Don: Um imenso obrigado aos apoiadores do Umbra Morta e da música obscura.
Hail Satan!!!

Por: João Marcelo(Do Blog Headbanger Rage) ao Soldados do Inferno.

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Um comentário:

  1. caracas, que foda.. curto muito o som de umbra morta. por isso ela terá um espaço em minha jaqueta na frente e na talvez na costa pois estou confuso entre cannibal corpse ou umbra morta

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