domingo, 24 de agosto de 2014

Kerberus - Entrevista.


A Kerberus é uma banda que surgiu em meados de 2012 em Ilhéus - BA, formada atualmente por Guilherme Lima - Vocal, Matheus Albuquerque - Bateria, Rafael Marques - Baixo e André Alves - Guitarra , chamam atenção pela sonoridade suja e cheia de grooves que mescla vários elementos dentro do Metal, a banda tem crescido bastante dentro da sua localidade e na cena brasileira. O Soldados do inferno já possui um registro da banda no blog e agora entrevista o baterista Matheus para saber sobre o que ocorreu na banda nos últimos tempos.   
   
Como vocês definem a Kerberus?
A Kerberus é antes de qualquer coisa um grupo de amigos que curte metal e curte fazer música. Juntando esses dois fatores a vontade de ter uma banda e tocar onde houvesse oportunidade criamos a Kerberus. O estilo da banda vem do que curtimos ouvir por isso mesmo tendo uma pegada thrash metal, dá pra sacar influências de vários outros estilos de metal como heavy ou groove metal e até hardcore nas nossas músicas.    
 
Sobre o surgimento da banda, como começou tudo?
Começou na minha insistência no pé de Rafael, o baixista, pra começarmos a tocar juntos. Eu ainda nem tinha bateria mas ficava no pé dele para ele treinar com o contra-baixo que já tinha. Depois de ter minha batera fomos fazendo jams juntos com outros amigos até que chegamos a Guilherme no vocal e depois André na guitarra. A partir daí a coisa começou a ficar séria. No começo era tudo muito precário, não tínhamos equipamento razoável nem bom lugar de ensaio muito menos lugares pra apresentar nosso som. Com o tempo as coisas foram melhorando e hoje temos nosso home studio de ensaio, equipamento e um registro nosso de qualidade em mãos, além do reconhecimento na região, que estamos conquistando dia a dia.

De 2012 para atualmente, o que mudou dentro do grupo?
De 2012 pra cá muita coisa mudou na Kerberus. Logo no ano tivemos uma mudança na formação com a entrada de André Alves no posto de guitarrista, o que deu um novo gás e qualidade musical nas composições. A banda aumentou o ritmo de shows pela região, participou de concursos musicais e foi chamando atenção nesses lugares. No final de 2013 começaram as gravações do EP Smashing the Hypocrites que foi finalizada em 2014. O EP com 5 músicas representou um marco na história da banda e pode ser considerada o ponto de partida para ela. Nesse registro a banda mostra sua real sonoridade thrash onde lembra bandas como Exodus e Destruction mas principalmente a sonoridade thrash brasileira de bandas como o Korzus, Dorsal Atlântica usando também passagens groove que lembram bandas como Sepultura, Pantera e bandas de hardcore nova iorquino como Agnostic front e Madball mas sem deixar de lado a influência heavy metal do guitarrista André em passagens e arranjos virtuosos em alguns momentos.

Falem um pouco sobre cada membro.Guilherme Lima é o vocal, que lembrando caras como Phil Anselmo e Randy Blythe agita no palco como se não existisse amanhã e ganha o público com facilidade. Fugido do RJ ele caiu de pára quedas na banda. Seu vocal é uma constante mudança onde horas soa como vindo de uma temática old school thrash e horas grave com pedagas de gutural e drive.
O baterista Mateus Albuquerque, assim como os outros integrantes chama atenção na execução das músicas pela pegada pesada e rápida. Além de ser o letrista da banda ao lado de Rafael Marques, o baixista, um dos fundadores da banda. Baixista esse que mesmo morando em outra cidade continua na banda e com seu jeito reservado segura a onda muito bem e vêm mostrando uma constante evolução a cada show. André Alves, que parece ser outra pessoa no palco chama atenção pela criatividade nos solos e habilidade com as palhetadas rápidas em alguns momentos ou pegadas lentas e grudentas que mostram suas influências que vão do heavy metal do Iron ao ritmo arrastado do Black Sabbath ou Pantera

Quais influências vocês utilizam para compor e como ocorre esse processo?
As influências vem da bagagem musical de cada integrante. Geralmente André vem com umas ideias de riff pro ensaio e numa jam vamos tentando adaptar aquilo à bateria. Depois vamos lapidando a cada ensaio, fazendo alterações e cortando o que achamos desnecessário.

Que visão vocês tinham antes de formar a banda? Quando foi a primeira apresentação e como foi a reação do público?
Achávamos que era tudo mais fácil. Depois percebemos que era tudo muito difícil e isso nos fez trabalhar cada vez mais. Percebemos que cover não levava a banda a lugar nenhum e caímos dentro nas composições. Nossa primeira apresentação foi no teatro da cidade num festival de bandas. Estávamos muito verdes na época e isso somado ao nervosismo e a pouca experiência resultou numa apresentação com vários erros, hahahaha. Mas foi legal mesmo assim.

O EP de vocês apresenta uma boa qualidade sonora e igualmente na temática, como se deu o processo de gravação e o que através dele a banda busca expressar ideologicamente?
Por não termos um estúdio de qualidade na nossa cidade, optamos por ir gravar num estúdio em Ipiaú, cidade próxima. O processo de gravação foi tranquilo dentro do estúdio, mesmo sem nenhum de nós ter pisado em um estúdio antes, mas a distância dificultou um pouco porque tínhamos que ir de ônibus a cada fim de semana. Apesar disso o resultado ficou muito a cima do esperado e conseguimos passar a ideia das músicas nesse registro. O que procuramos expressar é a nossa visão de mundo a respeito das coisas, criticamos a sujeira e injustiça histórica no Brasil e no mundo. Nada disso foi da boca pra fora, são visões pessoais e verdadeiras.


 Falem sobre sua visão a respeito da cena metal brasileira.
O momento é propício pois existe o público headbanger  que em muitos estados é fiel e vêm comparecendo em peso nos shows e existem as bandas tanto de thrash quanto de outros estilos de metal que estão com uma qualidade e competência acima da média. Inúmeros selos estão aí apoiando lançamentos de bandas e a internet, a meu ver, é um fator positivo na divulgação e propagação de bandas que não tem grana para espalhar seu som por outros meios.

O que a capa do EP busca retratar e quem foi o autor da obra?
A tradução do nome do EP é “Esmagando os hipócritas” e a capa, feita pelo Daniel Giometti, mostra o Cérbero, representação da banda, fazendo exatamente isso com representações personificadas de ideologias que somos contra, como o Nazismo, Fascismo, Militarismo e Igreja (essa se fodeu mais porque o padre está tendo a cabeça arrancada no desenho) hahaha.

Qual a estimativa para os próximos tempos que aguardam a banda e quais os objetivos pretendem cumprir?
A curto prazo temos alguns shows a fazer na região e na nossa cidade, Ilhéus. Entre os próximos objetivos da banda está lançar o EP fisicamente até o fim do ano e continuar trabalhando em novas composições. Quem acompanha a banda pode esperar por um vídeo clipe em breve também.

Oque vocês tem a dizer após todo esse caminho de esforço e dedicação a banda e que mensagens deixam para os seguidores da Kerberus?
Temos a dizer que isso é só o começo e ainda faremos muitas cabeças balançarem ao redor do mundo. Nossos agradecimentos a quem acompanha a banda são infinitos. Toda banda deve valorizar seus fãs assim como os fãs valorizam as bandas seja indo aos shows, comprando cds e camisas ou apenas ouvindo o som dela na internet. Agradecemos também ao espaço cedido no blog (QUE POR SINAL É DO CARALHO) e ao Emerson da banda Úlcera que vem nos dando uma força desde o surgimento da banda. Keep thrashin! 
Entrevista realizada por Emerson Rodrigues ao Soldados do inferno - 24/08/14

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Capa do EP Smashing the Hypocrites feita por Daniel Geometti

Faixas:
1 - "Kerberus Attack"
2 - "Morte no Campo"
3 - "Murder Instinct"
4 - "Neurose Social"
5 - "Norilsk Hell"

Vocês podem adquirir pela Loja Ihells ou ouvir gratuitamente no Soundcloud

sábado, 9 de agosto de 2014

Deathcharge



A Deathcharge foi formada no dia 10 de fevereiro de 2013 por Kevin (Bateria e Voz), Nikolas (Guitarra), e Marcelo (Baixo e Backing vocals) , na cidade de São José dos Campos-SP, com a ideia de mesclar Black Metal com Hardcore punk de uma maneira perfeita, com Influências que vão de Venom, Warfare, Onslaught, Sabbat, Vulcano, Dorsal Atlântica, Hellhammer, Celtic Frost... Como também Terveet Kadeet, Olho Seco, Cólera, Ratos de Porão, Lobotomia, Shitlickers, GBH, etc... O grupo tinha em Mente fazer gravações analógicas sobre bandas mais modernas que usam o metal como um meio de promover seu visual e não mais sobre suas músicas, e  a varias bandas extremas que esquecem suas raízes no punk. A temática da banda aborda satanismo e anti-religião Como uma maneira de expressar uma quebra nos valores cristãos e protestar contra a repressão religiosa que sofremos em Nosso dia-dia. 

O som do Deathcharge é bem característico, as músicas são tocadas de uma maneira violenta e ríspida com sonoridade bem "old school", principalmente por parte da voz do Kevin, o som se parece um pouco com os primeiros registros do Bathroy, uma coisa rápida e insana, transmitida de uma maneira bem direta, a faixa Anjo Caído é uma droga musical, pois é muito pegajosa e quando escutei pela primeira vez não consegui parar de ouvir essa faixa, puta que pariu. Outra surpresa que o grupo trás são as gravações feitas de uma maneira totalmente rusticas e cruas, presentes nas suas duas primeiras demos publicadas nos meses de abril e julho de 2013.

"Rehearsal – Gravada em abril de 2013, essa demo foi gravada no meio de uma roça com apenas com um celular no sound cloud, gravamos tudo ao vivo, colocando a bateria virada para a parede o baixo mais alto que a guitarra, para sobrepor o peso de uma base, além do microfone gravado no banheiro, tudo gravado de forma improvisada, mas com o som característico de bandas como Carnivore e Apokalyptic Raids." - Nikolas


Faixas:
1.Anjo Caído.
2.Biblia Satanica.
3.Holocausto.
4.Senhores que Reino do Caos.
5.Tropas de Satan.


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"Retaliação – Gravado em Julho de 2013, essa demo foi gravada no estúdio caverna, feito de mixagem por Isaac All e Friggi Madbeat(Ex – Attomica e Chaos Synopsis), foi gravada tudo ao vivo, além do fato de dessa vez ter backing vocals nas canções Retaliação e Holocausto" - Nikolas
 

Faixas:
1.Anjo Caído.
2.Holocausto.
3.Retaliação.

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